Fio dental na cozinha?!? Sim! Porque é uma ótima iniciativa dar novos usos a coisas de nosso cotidiano, não acham? A ideia não é exatamente nova, e tem circulado por programas de tevê, blogs e redes sociais. Li, no Dramas de casa, sobre este uso, e anexo o vídeo que a querida Melissa Mochulske postou por lá.
Sou super fã de ideias criativas e que facilitam a vida de quem gosta e quer cozinhar. Até porque, car@s amig@s, ninguém merece ter que dividir um bolo a mão livre para recheá-lo: Ele se quebra, esfarela, fica torto... E se a matemática do fio dental nos dá o resultado justo e correto, então mergulhemos nela!! :)
Dá para cortar bolos, tortas, queijos molinhos (dos branquinhos, principalmente), algumas frutas, etc. O importante é que não seja fio encerado ou com frangrância, muchach@s.
Beijos gourmandes e desfrutem do vídeo! :*
Para quem acabou de descobrir que ama cozinhar. Para quem cozinha há um tempão. E para quem quer aprender. Receitinhas gostosas e fáceis, dicas e truques. Você manda e nós publicamos.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Os cheiros dos alimentos em Paul Auster
Inauguro uma nova etiqueta neste blog querido. E ela tem a ver com uma grande paixão: a Literatura. Minha ideia é falar de textos e contextos que envolvem Literatura e cozinha, textos e fragmentos que vão surgindo espontaneamente, como o primeiro que publico aqui: um fragmento de Invisível, de Paul Auster, que fala de cheiros na cozinha. Simplesmente adorável.
Virei sempre que encontrar algum fragmento que valha a pena. Porque a gente usa o verbo devorar também para livros, e porque as leituras a gente também tem que digerir.
Boa leitura, bom apetite!
Virei sempre que encontrar algum fragmento que valha a pena. Porque a gente usa o verbo devorar também para livros, e porque as leituras a gente também tem que digerir.
Boa leitura, bom apetite!
Quando
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entrei no apartamento, fiquei logo
impressionado com o cheiro de comida no fogo – um cheiro sublime e delicioso,
eu achei, mais sedutor e aromático do que qualquer outro vapor que eu já havia
inalado. Por acaso a cozinha foi o primeiro lugar para onde nos dirigimos – a fim
de pegar um vaso para as flores – e, quando olhei de relance para o fogão, vi a
grande panela tampada que era a fonte daquela fragrância extraordinária.
Não
tenho nenhuma ideia do que está aí dentro, disse eu, apontando para a panela,
mas, se meu nariz vale alguma coisa, três pessoas vão ficar muito felizes esta
noite.
Rudolf
me contou que você gosta de carneiro, disse Margot, então resolvi fazer um navarin – carneiro ensopado com batatas
e navets.
Nabos.
Não consigo
nunca lembrar essa palavra. É uma palavra feia, eu acho, e dizê-la faz minha
boca doer.
Tudo bem,
então. Vamos bani-la da língua inglesa.
In: AUSTER, Paul. Invisível. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. Pág. 34.
Beijos gourmandes! :*
Biazinha
P.S.: Acho que esse diálogo é adorável para uma visita aos amigos. São frases que sempre deveriam ser ditas quando somos convidados a um almoço ou jantar; a gentileza das palavras de "Não tenho nenhuma ideia do que está aí dentro, disse eu, apontando para a panela, mas, se meu nariz vale alguma coisa, três pessoas vão ficar muito felizes esta noite." me faz feliz só de pensar nelas. São parte da boa etiqueta de comensais e anfitriões. E tenho dito. :)
P.S.: Acho que esse diálogo é adorável para uma visita aos amigos. São frases que sempre deveriam ser ditas quando somos convidados a um almoço ou jantar; a gentileza das palavras de "Não tenho nenhuma ideia do que está aí dentro, disse eu, apontando para a panela, mas, se meu nariz vale alguma coisa, três pessoas vão ficar muito felizes esta noite." me faz feliz só de pensar nelas. São parte da boa etiqueta de comensais e anfitriões. E tenho dito. :)
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